sábado, 3 de agosto de 2013

Criado GT de História Ambiental no Brasil



     O Grupo de Trabalho “História Ambiental” foi criado no dia 25 de julho de 2013, na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, durante o XXVII Simpósio da Associação Nacional de História (ANPUH), em Natal-RN.  Compareceram naquela tarde 23 pesquisadores; no entanto, no momento da fundação, o GT já conta com 107 membros, ligados a diferentes instituições de ensino superior do país.

     O historiador Fabiano Quadros Rückert esteve presente na reunião em Natal, representando o nosso GT História Ambiental-RS.  Fabiano destacou o número expressivo de colaboradores na criação do GT, o trabalho do professor Ely Bergo de Carvalho (UFMG), encaminhando os preparativos para a reunião e a disposição da professora Eunice Nodari (UFSC) em incluir alguma atividade do GT no próximo Simpósio Internacional de História Ambiental e Migrações da UFSC, que ocorrerá em 2014. 

     A proposta de criação de um GT Nacional de História Ambiental surgiu ainda em 2011. Em 2012, durante o XXVI Simpósio Nacional de História, um grupo de pesquisadores, composto por Dora Shellard Corrêa (UNIFIEO), Ely Bergo de Carvalho (UFMG – SOLCHA), Eunice Nodari (UFSC), Gilmar Arruda (UEL), Haruf S. Espindola (UNIVALE), José Augusto Pádua (UFRJ) e Paulo H. Martinez (UNESP), lançou o desafio de constituir um Grupo de Trabalho de História Ambiental junto à ANPUH. Foi elaborada uma carta aberta em que se argumentava sobre a relevância acadêmica e social de tal proposta. Naquele documento, o grupo ressaltava a importância da criação da Sociedade Latino Americana e Caribenha de História Ambiental (SOLCHA), em 2006 (SITE), a crescente produção acadêmica no Brasil e América Latina, bem como a realização de eventos em diferentes estados no país que, a cada ano, atraem um número maior de pesquisadores. A criação do GT em 2013 representa, portanto, o ápice de dois anos de organização, primeiramente em grupos estaduais (dentre eles, o nosso GT no Rio Grande do Sul), cumprindo as normas da ANPUH, até chegar ao grupo nacional.

     Dessa reunião de fundação, já saíram algumas decisões objetivas, relatadas em Ata, por Ely Bergo de Carvalho. Dentre elas, destacamos a não hierarquização da coordenação do GT Nacional. Foram eleitos quatro coordenadores - por unanimidade - para um mandato de 2 anos: os professores Dora Shellard Corrêa (UNIFIEO), Ely Bergo de Carvalho (UFMG e SOLCHA), José Augusto Pádua (UFRJ) e Regina Horta Duarte (UFMG). Serão elaborados uma lista de discussão por e-mail e um website. O nosso blog foi elogiado e tomado como referência na criação do site para o GT Nacional, menção que muito nos orgulha. Também foi decidido que o GT terá um evento nacional, o “I Encontro Nacional do GT de História Ambiental da ANPUH” que ocorrerá de forma concomitante com o “III Simpósio Internacional de História Ambiental e Migrações”, em 2014. Manifestou-se também a necessidade do GT marcar maior presença na próxima ANPUH-nacional, ampliando os Simpósios e talvez promovendo alguma Conferência (opções para discussão no próximo encontro), segundo relatou o colega Fabiano.

   Com o GT Nacional, cria-se também uma rede de pesquisadores institucionalizada, pelo vínculo com a ANPUH. Com isso, ganhamos mais um instrumento para contar a história ambiental do nosso país. Certamente a formalização do GT impulsionará ainda mais as pesquisas, atividades e eventos nessa área tão promissora da história. Nós do GT RS, acabamos de completar 1 ano de vida, e já estamos constatando o efeito na produção acadêmica de nosso estado: na II Jornada Gaúcha de História Ambiental teremos 37 comunicações, em 3 sessões simultâneas, o que representa um enorme crescimento, em relação à I Jornada, ocorrida em 2011.

     Uma observação interessante a fazer é que o GT Nacional foi criado na mesma data do nosso GT-RS, exatamente 1 ano depois, no mesmo 25 de julho. Esta parece ser uma data muito feliz para a História Ambiental brasileira!

     Saudamos a criação deste grupo, do qual também fazemos parte, e desejamos o maior sucesso, que certamente virá na produção cada vez maior e mais vigorosa na área e no despertar do interesse de um número crescente de estudantes e pesquisadores para escrever a história das interações humanas com as florestas, os rios, os animais, enfim, com toda a biodiversidade tão rica e maravilhosa do nosso país.

    Vida longa, muito longa ao GT História Ambiental ANPUH-Brasil!





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