Convidamos professor@s e pesquisador@s a inscrever comunicação no Simpósio do nosso GT, que acontecerá entre 18 e 21 de julho de 2016, no XIII Encontro Estadual de História da Anpuh-RS, na UNISC (Santa Cruz do Sul-RS).
Veja abaixo os detalhes do Simpósio "História Ambiental: Diálogos e Perspectivas".
Coordenadores:
ELENITA MALTA PEREIRA (Doutora) - Universidade
Estadual do Centro-Oeste)
FABIANO QUADROS RÜCKERT (Doutor) - Prefeitura
Municipal de São Leopoldo)
Apresentação: O Simpósio, que é proposto pelo GT História
Ambiental da ANPUH-RS, tem como objetivo reunir trabalhos que apresentem
discussões teóricas e pesquisas empíricas de história ambiental, que abordem
temas como a exploração dos elementos naturais; os impactos socioambientais dos
projetos de desenvolvimento e da urbanização; a história das águas; a história
das paisagens e a história das florestas; a história das ideias, éticas e
representações sobre a natureza. Diante da importância da interdisciplinaridade
para a prática da história ambiental, o Simpósio também comporta estudos sobre
as relações entre ambiente e arte; história ambiental e arqueologia; história
ambiental e saúde; movimentos ambientalistas; legislação ambiental; a
exploração do espaço agrário e os movimentos de reivindicação pela terra;
agroecologia. Nesse sentido, buscamos fomentar diálogos com outros campos
científicos, como: geografia, biologia, ecologia, economia, etc.; o impacto
ambiental das migrações; as representações de regiões e de populações
historicamente negligenciadas. Considerando os temas elencados, acolheremos
trabalhos que busquem compreender a dimensão ambiental, em sua interação com a
agência humana, ao longo da história brasileira.
Justificativa: O debate historiográfico recente demonstra o
interesse de profissionais de diferentes formações sobre a temática ambiental.
A criação do GT Estadual de História Ambiental, durante o XI Simpósio Estadual
de História da Anpuh-RS, em 2012, bem como do GT Nacional, no XXVII Simpósio
Nacional da ANPUH, em 2013, é reveladora do crescimento das pesquisas e da
organização de fóruns de debate sobre o tema. Noções como natureza, fronteira,
território, conservação, degradação e preservação estão cada vez mais presentes
nas discussões sobre o papel das intervenções humanas em espaços diferenciados.
Estas discussões demandam uma reflexão sobre a formação da história ambiental
como campo e fomentam diálogos possíveis entre o local e o global. O modelo
econômico desenvolvimentista, como uma demanda característica do mundo
ocidental na segunda metade do século XX, acarretou uma série de impactos
ambientais, dentre os quais podemos destacar: a desterritorialização de
populações indígenas; a expansão de determinadas doenças; a extinção de
espécies da fauna e da flora; a degradação do ambiente urbano e a contaminação
das águas e do solo por meio de uso extensivo de agrotóxicos e de fertilizantes
químicos. Diante destes e de outros impactos ambientais provocados pelo
desenvolvimentismo, acreditamos que os historiadores têm condições de agregar
relevante contribuição teórica e empírica para o debate sobre a “crise
ambiental” – debate incontornável no mundo contemporâneo.
Bibliografia:
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Para inscrever-se, acesse o site da Anpuh-RS AQUI.
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