segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Entrevista com Augusto Carneiro, fundador da AGAPAN que completa 90 anos em 2012

Em 09/11/2012, Daniel Prado e Elenita Pereira (respectivamente, Coordenador e Secretária do GT História Ambiental RS) realizaram uma longa entrevista com Augusto César Cunha Carneiro. Os dois historiadores visitaram Carneiro em sua residência, um apartamento na agradável Rua da República, em Porto Alegre, para registrar uma conversa de quase três horas.  

Na ocasião, Carneiro falou sobre sua trajetória de vida pessoal e de militância política, primeiro no PCB e, mais tarde, na Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (AGAPAN), entidade que ajudou a fundar, em 1971.  

Em 31/12/2012, Carneiro completa 90 anos de vida, recheados de histórias muito interessantes. De certa forma, ele é uma das memórias vivas do ambientalismo gaúcho, pois participou ativamente dos episódios mais importantes da luta ecológica no Estado. Foi um grande prazer e uma honra até, poder ouvir e registrar suas memórias para a análise histórica no futuro. 

Abaixo, fotos dessa importante entrevista. 

Daniel, Elenita e Carneiro, na biblioteca do ambientalista

Elenita e Carneiro

Carneiro respondendo à pergunta de Daniel


Essa foi a primeira entrevista de muitas outras que a dupla pretende realizar com ambientalistas gaúchos. O objetivo é registrar as lembranças desses ativistas e formar uma espécie de "banco de memórias", que poderão ser consultadas e analisadas por historiadores no futuro. A iniciativa também faz parte do projeto "Memórias Ambientais", que Daniel desenvolve na FURG.

A história oral é um das fontes mais preciosas para o historiador ambiental. Através dessa metodologia, podemos acessar as lembranças de importantes agentes sobre episódios tanto de destruição do ambiente (construção de barragens, mineração, desmatamento, etc) quanto de lutas pela proteção da natureza, caso de Carneiro. Mas sempre lembrando que a memória é construída no presente, é como o depoente elabora, vivencia o passado hoje; não é a narrativa "do que realmente aconteceu". A memória é algo do presente, sempre.







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